NATAL E NÃO DEZEMBRO
Entremos, apressados, friorentos,
Numa gruta, no bojo de um navio,
Num presépio, num prédio, num presídio,
No prédio que amanhã for demolido…
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sítio,
Porque esta noite chama-se Dezembro,
Porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois: somos duzentos,
Duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rasto de uma casa,
A cave, a gruta, o sulco de uma nave…
Entremos, despojados, mas entremos.
Das mãos dadas talvez o fogo nasça,
Talvez seja Natal e não Dezembro,
Talvez universal a consoada.
David Mourão-Ferreira
"... Sei coisas que vocês não sabem, do mesmo modo que vocês sabem coisas que eu não sei ou já esqueci. Estou aqui para ensinar umas e aprender outras. Ensinar, não: falar delas. Aqui e no pátio e na rua e no vapor e no comboio e no jardim e onde quer que nos encontremos."
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Feliz Natal, meus meninos! :)
O Natal das Bruxas
No castelo tenebroso, estava um ambiente de cortar à faca! As três bruxas não faziam outra coisa senão resmungar, lamentar-se e dar largas à fúria, com pontapés nos gatos e vassouradas nos morcegos.
-Não há dúvida! -berrava a mais velha. -Vivemos aqui há séculos e nunca o Pai Natal se lembrou de nós!
-Nunca, por nunca ser, tivemos um presente no sapatinho!
-No sapatinho? Tu queres dizer é no sapatão. Ora olha bem para o tamanho do teu pé. Calças para aí o quarenta e quatro -respondeu-lhe a irmã mais nova, cheia de maldade, ou não se chamasse ela Rosa Maldosa.
Ao ouvir aquilo, Rita Maldita saltou de trás do caldeirão onde borbulhavam poções maléficas e deu-lhe um estalo.
-Toma que é para aprenderes. Já sabes que não tolero que falem do tamanho dos meus pés!
A outra não se ficou e puxou-lhe os cabelos com toda a força. Seguiu-se uma das cenas habituais. Faísca daqui, faísca de acolá, bombardearam-se com doses maciças de choques eléctricos e insultos da pior espécie.
- És horrorosa, Rosa Maldosa!
-E tu nem chegas a ser parva... és parvalhita, Rita Maldita!
A irmã do meio assistia, abanando a cabeça com visível enfado. Como é que haviam de ter presentes, se se portavam daquela maneira? Brigas constantes afugentavam qualquer Pai Natal bem intencionado. Gostaria de lhes fazer ver que assim não ganhavam nada. Mas sabendo que qualquer argumento seria inútil, agiu à sua maneira: puxou a corrente que segurava o caldeirão e, com um gesto seco e firme, prof!, despejou-lhes o líquido verde em cima.
-Ai!! -berravam ambas, enquanto sacudiam a roupa encharcada em óleo e enxofre repletos de rabos de lagarto e pernas de rã. -Destruíste a nossa poção mágica.
-Claro que destruí! Vocês já sabem como eu sou!
-Sabemos, sim, Conceição Maldição! Nenhum outro nome te assentaria melhor.
Se não fossem bruxas, a zanga acabava de outra forma. Mas eram. E não há nada mais estimulante para uma bruxa do que um banho malcheiroso e a escaldar. As duas irmãs ainda não se tinham desembaraçado da mistela pegajosa, já engendravam planos formidáveis, que a outra aceitou com grande entusiasmo.
-Vamos ao Pólo Norte dizer umas verdades ao Pai Natal!
-Boa ideia!
-Eu cá não saio do armazém sem escolher um presentão. E quero-o embrulhado em papel bonito.
-E laço de cor viva!
-Pois. E cartãozinho com o nome escrito...
-Sim, sim!
-Hi! Hi! Hi!
Num ápice, foram ao baú onde guardavam as casacas de toupeira para ocasiões muito especiais e agasalharam-se. Não era preciso deitarem-se a adivinhar. Sabiam que o vento daquelas bandas era gélido! Depois assobiaram para chamar as vassouras, montaram e lá foram pela janela fora! Nenhuma confessou, mas iam radiantes!
A viagem foi mais rápida do que esperavam, porque o tal vento gélido soprava de feição. E não lhes custou nada darem com o sítio, pois o armazém dos presentes erguia-se na ala de um bosque magnífico, em que todas as árvores eram árvores de Natal. E cada uma mais bonita do que a outra! Bolas, laços, fios, chocolates, tudo pendurado com gosto e requinte. Havia também luzinhas de cores diferentes, umas fixas, outras a piscar, como nos aeroportos. Aterraram portanto sem dificuldade e foram entrando sem pedir licença.
O Pai Natal, coitado, quando as viu pela frente teve um baque. Que lhe quereriam aquelas três loucas? O mais certo era virem empatá-lo e o pior é que já só tinha uma semana para organizar os lotes das prendas. Tentou encontrar uma boa desculpa para as mandar embora, mas elas não lhe deram tempo e desataram numa gritaria infernal.
-Conte! Conte! Conte!
-Viemos protestar!
-Exigimos justiça!
-Nós também temos direito. Queremos prendas!
-Prendas como as outras pessoas!
-Não temos culpa de sermos bruxas.
-Nascemos assim, temos que fazer maldades.
-Foi por isso mesmo que nos deram estes nomes começados por mal: Maldosa, Maldita, Maldição!
O pobre velhote deitou as mãos à cabeça. Que havia de fazer para se ver livre delas?
-Vocês sabem muito bem que não posso dar presentes a quem faz patifarias -arriscou com voz débil.
A resposta veio em frases que se atropelavam num frenesim:
-Patifarias? Patifarias, não!
-Asneiras! Pequenos disparates como toda a gente.
-Claro! Somos bruxas, fazemos bruxarias.
-Tudo coisas sem importância: poções para tornar amargo qualquer doce, pozinhos para as crianças poderem arreliar as pessoas mais velhas ou xaropes para as pessoas mais velhas obrigarem os mais novos a irem para a cama.
-Só usamos produtos de primeira qualidade! Unhas de dragão, patas de morcego, asas de mosca...
-Ou de vespa!
-É verdade, já me esquecia -disse Rosa Maldosa como quem cai em si. – Onde é que vocês puseram o meu frasco de asas de vespa?
-Não sei. Eu não mexo nas tuas coisas.
-Nem eu.
-Mexem sim, mentirosas! Não posso ter nada que vocês não gastem. E nem sequer pedem autorização!
Receando que discutissem toda a noite, o Pai Natal ordenou:
-Calem-se! Se não se calarem imediatamente garanto-vos que nunca na vida hão-de receber um presente.
A ameaça funcionou. Muito juntas foram-se chegando para ele. Pela conversa, pareceu-lhes que encarava a hipótese de as presentear.
-Vão-se embora - pediu o Pai Natal, agora mais calmo. - Deixem-me trabalhar sossegado.
Não prometera nada, mas havia qualquer coisa no tom de voz que lhes deu espe-rança. Esperança de ver um daqueles lindos embrulhos cair pela chaminé.
Abandonaram então os modos agressivos, despediram-se e retomaram viagem.
De regresso ao castelo tenebroso, lembraram-se que as vassouras podiam ser usadas para outros fins que não o voo e, pela primeira vez em séculos, limparam teias de aranha, caganitas de rato e camadas de pó acumulado nos cantos, pondo grande esmero nas pedras da chaminé que ficaram rebrilhando sem uma ponta de fuligem. Depois, que longa espera! Nunca mais chegava a noite de Natal. Nunca mais chegava a hora de saber se desta vez, sim, seriam contempladas. Mas valeu a pena! Era meia-noite em ponto quando ouviram uma restolhada sobre as telhas. Pé ante pé, foram espreitar e, oh! maravilha!, as renas lá iam deslizando pelo céu ao som dos guizos que tilintavam.
Do Pai Natal só se via a silhueta gorda e o bafo de vapor provocado pelas risadas alegres de quem está satisfeito com a sua missão. Na chaminé desciam lentamente três embrulhos, tão lindos como nunca tinham visto outros!
Ansiosas, precipitaram-se para saber qual era o seu. E o coração derreteu-se-lhes quando deram com os olhos nos cartõezinhos:
-Oh! Já viste o que o Pai Natal escreveu?
-Que querido!
-Adoro o Pai Natal!
-É o velho mais simpático do Universo!
A alegria tinha razão de ser. O Pai Natal, em vez de usar os nomes delas, escolhera outros mais a seu gosto: Rita Bonita, Rosa Cheirosa, Conceição Bom Coração.
Nunca ninguém lhes tinha chamado assim e sentiram-se tão felizes que, por um momento, desejaram proceder como o Pai Natal, apeteceu-lhes alterar as coisas, substituir malefícios por benefícios, enfim, apeteceu-lhes deixar de ser bruxas.
Mas quem é que pode fugir ao seu destino?
Ainda não tinha batido a uma hora, já andavam à bulha com inveja do presente das irmãs.
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
-Não há dúvida! -berrava a mais velha. -Vivemos aqui há séculos e nunca o Pai Natal se lembrou de nós!
-Nunca, por nunca ser, tivemos um presente no sapatinho!
-No sapatinho? Tu queres dizer é no sapatão. Ora olha bem para o tamanho do teu pé. Calças para aí o quarenta e quatro -respondeu-lhe a irmã mais nova, cheia de maldade, ou não se chamasse ela Rosa Maldosa.
Ao ouvir aquilo, Rita Maldita saltou de trás do caldeirão onde borbulhavam poções maléficas e deu-lhe um estalo.
-Toma que é para aprenderes. Já sabes que não tolero que falem do tamanho dos meus pés!
A outra não se ficou e puxou-lhe os cabelos com toda a força. Seguiu-se uma das cenas habituais. Faísca daqui, faísca de acolá, bombardearam-se com doses maciças de choques eléctricos e insultos da pior espécie.
- És horrorosa, Rosa Maldosa!
-E tu nem chegas a ser parva... és parvalhita, Rita Maldita!
A irmã do meio assistia, abanando a cabeça com visível enfado. Como é que haviam de ter presentes, se se portavam daquela maneira? Brigas constantes afugentavam qualquer Pai Natal bem intencionado. Gostaria de lhes fazer ver que assim não ganhavam nada. Mas sabendo que qualquer argumento seria inútil, agiu à sua maneira: puxou a corrente que segurava o caldeirão e, com um gesto seco e firme, prof!, despejou-lhes o líquido verde em cima.
-Ai!! -berravam ambas, enquanto sacudiam a roupa encharcada em óleo e enxofre repletos de rabos de lagarto e pernas de rã. -Destruíste a nossa poção mágica.
-Claro que destruí! Vocês já sabem como eu sou!
-Sabemos, sim, Conceição Maldição! Nenhum outro nome te assentaria melhor.
Se não fossem bruxas, a zanga acabava de outra forma. Mas eram. E não há nada mais estimulante para uma bruxa do que um banho malcheiroso e a escaldar. As duas irmãs ainda não se tinham desembaraçado da mistela pegajosa, já engendravam planos formidáveis, que a outra aceitou com grande entusiasmo.
-Vamos ao Pólo Norte dizer umas verdades ao Pai Natal!
-Boa ideia!
-Eu cá não saio do armazém sem escolher um presentão. E quero-o embrulhado em papel bonito.
-E laço de cor viva!
-Pois. E cartãozinho com o nome escrito...
-Sim, sim!
-Hi! Hi! Hi!
Num ápice, foram ao baú onde guardavam as casacas de toupeira para ocasiões muito especiais e agasalharam-se. Não era preciso deitarem-se a adivinhar. Sabiam que o vento daquelas bandas era gélido! Depois assobiaram para chamar as vassouras, montaram e lá foram pela janela fora! Nenhuma confessou, mas iam radiantes!
A viagem foi mais rápida do que esperavam, porque o tal vento gélido soprava de feição. E não lhes custou nada darem com o sítio, pois o armazém dos presentes erguia-se na ala de um bosque magnífico, em que todas as árvores eram árvores de Natal. E cada uma mais bonita do que a outra! Bolas, laços, fios, chocolates, tudo pendurado com gosto e requinte. Havia também luzinhas de cores diferentes, umas fixas, outras a piscar, como nos aeroportos. Aterraram portanto sem dificuldade e foram entrando sem pedir licença.
O Pai Natal, coitado, quando as viu pela frente teve um baque. Que lhe quereriam aquelas três loucas? O mais certo era virem empatá-lo e o pior é que já só tinha uma semana para organizar os lotes das prendas. Tentou encontrar uma boa desculpa para as mandar embora, mas elas não lhe deram tempo e desataram numa gritaria infernal.
-Conte! Conte! Conte!
-Viemos protestar!
-Exigimos justiça!
-Nós também temos direito. Queremos prendas!
-Prendas como as outras pessoas!
-Não temos culpa de sermos bruxas.
-Nascemos assim, temos que fazer maldades.
-Foi por isso mesmo que nos deram estes nomes começados por mal: Maldosa, Maldita, Maldição!
O pobre velhote deitou as mãos à cabeça. Que havia de fazer para se ver livre delas?
-Vocês sabem muito bem que não posso dar presentes a quem faz patifarias -arriscou com voz débil.
A resposta veio em frases que se atropelavam num frenesim:
-Patifarias? Patifarias, não!
-Asneiras! Pequenos disparates como toda a gente.
-Claro! Somos bruxas, fazemos bruxarias.
-Tudo coisas sem importância: poções para tornar amargo qualquer doce, pozinhos para as crianças poderem arreliar as pessoas mais velhas ou xaropes para as pessoas mais velhas obrigarem os mais novos a irem para a cama.
-Só usamos produtos de primeira qualidade! Unhas de dragão, patas de morcego, asas de mosca...
-Ou de vespa!
-É verdade, já me esquecia -disse Rosa Maldosa como quem cai em si. – Onde é que vocês puseram o meu frasco de asas de vespa?
-Não sei. Eu não mexo nas tuas coisas.
-Nem eu.
-Mexem sim, mentirosas! Não posso ter nada que vocês não gastem. E nem sequer pedem autorização!
Receando que discutissem toda a noite, o Pai Natal ordenou:
-Calem-se! Se não se calarem imediatamente garanto-vos que nunca na vida hão-de receber um presente.
A ameaça funcionou. Muito juntas foram-se chegando para ele. Pela conversa, pareceu-lhes que encarava a hipótese de as presentear.
-Vão-se embora - pediu o Pai Natal, agora mais calmo. - Deixem-me trabalhar sossegado.
Não prometera nada, mas havia qualquer coisa no tom de voz que lhes deu espe-rança. Esperança de ver um daqueles lindos embrulhos cair pela chaminé.
Abandonaram então os modos agressivos, despediram-se e retomaram viagem.
De regresso ao castelo tenebroso, lembraram-se que as vassouras podiam ser usadas para outros fins que não o voo e, pela primeira vez em séculos, limparam teias de aranha, caganitas de rato e camadas de pó acumulado nos cantos, pondo grande esmero nas pedras da chaminé que ficaram rebrilhando sem uma ponta de fuligem. Depois, que longa espera! Nunca mais chegava a noite de Natal. Nunca mais chegava a hora de saber se desta vez, sim, seriam contempladas. Mas valeu a pena! Era meia-noite em ponto quando ouviram uma restolhada sobre as telhas. Pé ante pé, foram espreitar e, oh! maravilha!, as renas lá iam deslizando pelo céu ao som dos guizos que tilintavam.
Do Pai Natal só se via a silhueta gorda e o bafo de vapor provocado pelas risadas alegres de quem está satisfeito com a sua missão. Na chaminé desciam lentamente três embrulhos, tão lindos como nunca tinham visto outros!
Ansiosas, precipitaram-se para saber qual era o seu. E o coração derreteu-se-lhes quando deram com os olhos nos cartõezinhos:
-Oh! Já viste o que o Pai Natal escreveu?
-Que querido!
-Adoro o Pai Natal!
-É o velho mais simpático do Universo!
A alegria tinha razão de ser. O Pai Natal, em vez de usar os nomes delas, escolhera outros mais a seu gosto: Rita Bonita, Rosa Cheirosa, Conceição Bom Coração.
Nunca ninguém lhes tinha chamado assim e sentiram-se tão felizes que, por um momento, desejaram proceder como o Pai Natal, apeteceu-lhes alterar as coisas, substituir malefícios por benefícios, enfim, apeteceu-lhes deixar de ser bruxas.
Mas quem é que pode fugir ao seu destino?
Ainda não tinha batido a uma hora, já andavam à bulha com inveja do presente das irmãs.
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
sábado, 10 de dezembro de 2011
Um Pombo chamado Colombo
Vida de pombo não anda nada fácil, especialmente quando se é um pombo-correio na era das novas tecnologias… Após uma vida inteira ao serviço dos monarcas da ilha Malu-Ka, o pombo chamado Colombo tem de enfrentar a realidade de que se encontra, pela primeira vez… desempregado. Começa assim a contar histórias em troca de comida, pois Colombo não é um pombo qualquer, pelo contrário, será talvez de todos os pombos aquele que já viveu mais aventuras. Não acreditas? Então não percas o que ele tem para te contar. Seguir-se-ão muitas histórias fantásticas.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Margarida Fonseca Santos
Vamos conhecer melhor a autora de "Um Pombo chamado Colombo?
"A minha vida mudou quando decidi dedicar-me à paixão que é escrever. Comecei pela literatura infantil, depois segui para a juvenil, mas nunca deixei de escrever para adultos. Ensinar a escrita e contar as minhas histórias são as duas outras paixões...Os contos sempre fizeram parte de mim; sempre gostei de ouvir contar e de inventar histórias. Comecei a escrevê-las tarde, sim, mas agora acho que nunca mais vou parar!..."
Visita AQUI o seu blogue!
domingo, 27 de novembro de 2011
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Parabéns, Ana Catarina!
Os seus olhos são contas brilhantes
Onde o sorriso teima em ficar!
E as suas palavras constantes
São feitas de Alegria e Luar!
É uma linda e doce menina...
Toda ela ternura e miminhos.
É a "minha" Ana Catarina...
Que festeja hoje dez aninhos!
Profª. Mª João Marques
Clica AQUI e rebenta os balões!
sábado, 12 de novembro de 2011
Ortografia I
EXERCÍCIOS DE ORTOGRAFIA
PALAVRAS HOMÓFONAS
(som S)
Preenche os espaços em branco com as palavras correctas:
O _______________ dos sapatos ficou-me caro. (Concerto / Conserto)
A palavra matemática escreve-se com um _______________ agudo. (Acento /Assento)
A que _______________ pertence a tua freguesia? (Conselho / Concelho)
A primeira notícia do Telejornal referiu-se às decisões tomadas no ______________ de Ministros. (Conselho / Concelho)
Entrei na loja para _______________ um casaco que estava na montra. (Apressar / Apreçar)
Este é o caderno onde eu _______________ as despesas que faço. (Acento / Assento)
Na prisão, a sua _______________ era a maior. (Sela / Cela)
Ele não perde um _______________ de rock. (Concerto / Conserto)
Se me _______________, talvez não chegue atrasado ao nosso encontro. (Apressar / Apreçar)
Hoje, sou eu que _______________ o frango no churrasco. (Aço / Asso)
Coloca a _______________ no cavalo preto, para irmos dar uma volta. (Sela / Cela)
Essas grades têm de ser de _______________, pois o cavalo tem muita força. (Aço / Asso)
domingo, 6 de novembro de 2011
Cão como nós...
Como nós eras altivo
Fiel mas como nós
Desobediente
Gostavas de estar connosco a sós
Mas não cativo
E sempre presente-ausente
Como nós
Cão que não querias
Ser cão
E não lambias
A mão
E não respondias
Cão
Como nós
Fiel mas como nós
Desobediente
Gostavas de estar connosco a sós
Mas não cativo
E sempre presente-ausente
Como nós
Cão que não querias
Ser cão
E não lambias
A mão
E não respondias
Cão
Como nós
Manuel Alegre
(Podes ver AQUI o vídeo que foi passado na nossa aula)
terça-feira, 1 de novembro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
A Menina Feia
Numa das últimas aulas, lemos e interpretámos um belo poema da Luísa Ducla Soares - " A Menina Feia".
Pedi aos alunos que tentassem produzir um poema "paralelo".
Aqui ficam dois... Um da autoria da Maria Pinheiro, do 5º B e outro feito pelo Ilídio Joel, do 5º F
MENINA FEIA
A menina feia
Tem dentes de rato
E pelos nas pernas
À moda de um cato
A menina feia
Tem olhos em bico
E o seu nariz
Pica como um pico
A menina feia,
Sardenta, gorducha
Não parece gente,
Só lembra uma bruxa
Se fechares teus olhos,
A ouvires cantar,
È uma sereia,
Princesa do mar.
Se fechares teus olhos
E chegares pertinho,
Ela cheira a rosas
E a rosmaninho.
Se lhe deres a mão
Vês que é de veludo
E tens uma amiga
Pronta para tudo.
Luísa Ducla Soares
A MENINA FEIA
A menina feia
Tem dentes de leão
Pelos nas pernas de elefante
À moda dela, é elegante.
A menina feia
Tem olhos de hipocrisia
Esta menina é uma alegria!
Tem um nariz grandinho.
E na ponta, redondinho!
A menina feia e gorducha
Usa um carapuço
Mas esta menina
Não é nenhum urso!
Se fechares os olhos
E a ouvires cantar,
Na verdade, esta menina
Não para de pipilar
E voa como um passarinho
Pelo ar!
É linda como uma rosa
Que toda a gente quer levar
Na verdade, esta menina
É linda como o sol e o luar!
Ilídio Joel – 5º F
A menina feia
Tem dentes de leão
Pelos nas pernas de elefante
À moda dela, é elegante.
A menina feia
Tem olhos de hipocrisia
Esta menina é uma alegria!
Tem um nariz grandinho.
E na ponta, redondinho!
A menina feia e gorducha
Usa um carapuço
Mas esta menina
Não é nenhum urso!
Se fechares os olhos
E a ouvires cantar,
Na verdade, esta menina
Não para de pipilar
E voa como um passarinho
Pelo ar!
É linda como uma rosa
Que toda a gente quer levar
Na verdade, esta menina
É linda como o sol e o luar!
Ilídio Joel – 5º F
A Menina Feia
A menina feia
tem dentes de rinoceronte
e pelos nas pernas
à moda de um bisonte
A menina feia
não têm olho bonito
e o seu nariz
pica como um palito
A menina feia
sardenta, baixinha
não parece gente
só lembra uma galinha
Se fechares os olhos,
a ouvires falar
é uma sereia,
princesa ao luar
Se fechares os olhos
e chegares à beira
ela cheira a rosas
e a cidreira.
Se lhe deres a mão,
vês que é macia
e tens uma amiga
a partir desse dia...
Carla Pinheiro – 5º B
Carla Pinheiro – 5º B
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Regras da Sala de Aula
1- Entrar ordenadamente e em silêncio, na sala de aula, logo que o professor abre a porta.
2- Dirigir-se imediatamente ao seu lugar e sentar-se ordenadamente.
3- Preparar o material necessário para começar a trabalhar.
4- Manter o seu lugar, ao longo do ano.
5- Levantar o dedo para intervir, só na sua vez.
6- Não distrair os colegas, conversando ou fazendo ruídos ou gestos desnecessários.
7- Ouvir atentamente o professor.
8- Respeitar a opinião dos outros.
9- Evitar críticas destrutivas.
10- Respeitar professores, colegas e funcionários
11- Trazer sempre o material limpo e em dia.
12- Participar nas actividades propostas.
13- Fazer os trabalhos de casa.
14- Manter limpo e arrumado o mobiliário da sala.
15- Sair ordenadamente, só quando o professor autorizar.
Abecedário Sem Juízo
Abecedário sem Juízo
B é o Beto, quer armar em esperto.
C é a Cristina, nada fora da piscina.
D é o Diogo, com chichi apaga o fogo.
E é a Eva, olha o rabo que ela leva.
F é o Francisco, come as conchas do marisco.
G é a Graça, ai mordeu-lhe uma carraça!
H é a Helena, é preta, diz que é morena.
I é o Ivo, põe na mosca um curativo.
J é o Jacinto, faz corridas com um pinto.
L é o Luís, tem macacos no nariz.
M é a Maria, come a sopa sempre fria.
N é o Napoleão, dorme dentro do colchão.
O é a Olga, todos os dias tem folga.
P é a Paula, entra de burro na aula.
Q é o Quintino, que na missa faz o pino.
R é o Raul, a beber a tinta azul.
S é a Sofia, engasgada com uma enguia.
T é a Teresa, come debaixo da mesa.
U é o Urbano, que caiu dentro do cano.
V é a Vera, com as unhas de pantera.
X é a Xana, caçando uma ratazana.
Z é o Zé, foi ao mar, perdeu o pé.
Luísa Ducla Soares, A Gata Tareca e Outros Poemas Levados da Breca,
A é a Andreia, a estudar numa cadeia.
B é a Beatriz, a fingir que é uma actriz.
C é a Carochinha, a fazer uma sopinha.
D é a Diana, caiu abaixo da cama.
E é o Emanuel que tem uma fábrica de papel.
F é a Francisca, comeu uma patanisca.
G é o Gonçalo, que tem um cavalo.
H é o Hugo, que comeu um sugu.
I é a Inês, que fala bem chinês.
J é o João, que tem cara de balão.
L é a Luísa, que comeu uma pizza.
M é a Madalena que partiu uma perna.
N é a Nair, deixou-se cair.
O é a Olinda, que é muito linda.
P é o Pedro, que da escola tem medo.
Q é o Quim, que come pudim.
R é a Renata, que come numa mata.
S é a Susana, que tem uma cana.
T é a Tatiana, que comeu uma banana.
U é o Ulisses, que só faz palermices.
V é a Vanessa, que comprou uma travessa.
X é o Xavier, que tem uma mulher.
Z é o Zeca, que foi à biblioteca.
Ana – Turma 5º B
Abecedário sem Juízo
A é o André, tem um pico no pé.
B é o Baltazar que detesta Salazar.
C é o Caio que teve um desmaio.
D é o Dário que não suporta o Mário.
E é a Elisabete que usa uma babete.
F é a Francisca que tem medo da sardanisca.
G é o Gonçalo que levou um estalo de um galo.
H é o Henrique que mora em Moçambique.
I é o Igor que tem muito rigor a escolher uma cor.
J é a Julieta que não sabe o que é uma agulheta.
K é a Kika que não gosta que lhe chamem Chica.
L é a Lara que adora o nome de Clara.
M é a Manuel que come papel.
N é a Nina que se engasgou a tomar uma aspirina.
O é a Odete que nunca viu uma cotonete.
P é a Pandora que já é tratada por doutora.
Q é o Queirós que conversa com uma noz.
R é o Raul que foi de férias para o sul.
S é a Sara que adotou uma arara.
T é o Tiago que, de repente, ficou gago.
U é a Úrsula que anda sempre com uma bússola.
V é o Vicente que é vidente.
W é a Will que namora com o Phil.
X é o Xavier que só come à colher.
Y é a Yara que usa uma tiara.
Z é a Zélia que é amiga da Adélia.
Maria - Nº 13 - Turma 5º B
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Jogos de Língua Portuguesa
Queres relembrar os teus conhecimentos de Língua Portuguesa? Clica AQUI e escolhe os jogos! Boa sorte!
Histórias de Encantar
E que tal aproveitares estes dias, antes do início das aulas, para ler um pouquinho? AQUI ficam 158 histórias de encantar que podes ler e/ou ouvir, na voz do Luís Gaspar.
Depois de abrires o site, podes selecionar as histórias que pretendes ler/ouvir, na listagem à direita.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
O Primeiro Dia de Escola
Aproxima-se o primeiro dia de escola para a Inês. Ela anda irrequieta e ansiosa, e não pára de fazer perguntas. António, o irmão mais velho, diverte-se imenso com a situação e inventa respostas mirabolantes que a deixam ainda mais desconcertada. Fala-lhe da comida da cantina, que inclui “formigas fritas com pimenta”, e dos “olhos mágicos dos pratos” que adivinham tudo o que nós pensamos. Inês fica espantada. Até um pouco assustada! Mas logo o avô Júlio recorda a primeira vez que foi à escola, numa história que mete sonhos, os conselhos da sua avó Rosa e a descoberta de um novo mundo, naqueles que foram “os dias mais doces” da sua vida. Inês parece outra, e até já pensa em levar o Fiel, o cãozito do avô, consigo para escola…
Cruzando gerações e vivências, António Mota escreve sobre o crescimento e o encontro com novas realidades, sobre a família e a partilha de sentimentos, sobre a amizade que se conquista e se perpetua, recorrendo sempre que possível à fantasia e ao insólito.
Amanhã, Inês irá feliz para a escola, com a sua mochila cheia de livros e cadernos e material novinho a estrear, sabendo que o medo é apenas “uma mancha branca, parecida com uma nuvem” que os avós podem fazer desaparecer…"
Cruzando gerações e vivências, António Mota escreve sobre o crescimento e o encontro com novas realidades, sobre a família e a partilha de sentimentos, sobre a amizade que se conquista e se perpetua, recorrendo sempre que possível à fantasia e ao insólito.
Amanhã, Inês irá feliz para a escola, com a sua mochila cheia de livros e cadernos e material novinho a estrear, sabendo que o medo é apenas “uma mancha branca, parecida com uma nuvem” que os avós podem fazer desaparecer…"
Sinopse do livro "O Primeiro Dia de Escola" de António Mota
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Calendário Escolar 2011 / 2012
Aqui está o Calendário Escolar para Ensino Básico e Secundário (2011/2012).
Se quiseres consultar outros, clica AQUI.
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Ensinos Básico e Secundário
1.º Período
Início Entre 8 e 15 de Setembro de 2011
Termo 16 de Dezembro de 2011
2.º Período
Início 3 de Janeiro de 2012
Termo 23 de Março de 2012
3.º Período
Início 10 de Abril de 2012
Termo 8 de Junho de 2012 para o 6.º, 9.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade
15 de Junho de 2012 para o 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º, 7.º, 8.º e 10.º anos de escolaridade
Interrupções lectivas para os ensinos básico e secundário
1.º De 19 de Dezembro de 2011 a 2 de Janeiro de 2012, inclusive
2.º De 20 a 22 de Fevereiro de 2012, inclusive
3.º De 26 de Março de 2012 a 9 de Abril de 2012, inclusive
Manuais adotados na nossa escola - 5º
Aqui está a lista de Manuais Escolares, de 5º Ano, adotados na nossa escola. Se quiseres consultar a lista de outros anos lectivos, clica AQUI
Ciências da Natureza
Título: Viva a Terra!5 - Ciências da Natureza
Autores: Emídio Isaías
Lucinda Motta
Maria Dos Anjos Viana
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-20681-7
Preço 17,19 €
Educação Física
Título: Jogo Limpo 5º/6º
Autores: José David D.Costa
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-20946-7
Preço 16,03 €
Educação Musical
Título: Novo Magia da Música - 5/6
Autores: Maria Helena Cabral
Maria Luísa Monteiro De Andrade
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-20811-8
Preço 16,52 €
Educação Visual e Tecnológica
Título: Gesto - Imagem 5º/6º
Autores: Armando Faleiro
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-20766-1
Preço 16,52 €
História e Geografia de Portugal
Título: Saber em Ação 5 - História e Geografia de Portugal
Autores: Ana Isabel Gonçalves
Eliseu Alves
Manuela Mendes
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-20461-5
Preço 16,94 €
Língua Estrangeira - Inglês
Título: Tween 5 - Inglês - 5.º Ano - Nível 1
Autores: Margarida Coelho
Maria Emília Gonçalves
Editora: Areal Editores, SA
ISBN: 978-989-647-121-7
Preço 16,75 €
Língua Portuguesa
Título: Pretextos 5 - Língua Portuguesa
Autores: Abel Mota
Editora: Areal Editores, SA
ISBN: 978-989-647-274-0
Preço 16,86 €
Matemática
Título: MATemática 5º ano
Autores: Maria Margarida Baldaque
Editora: Texto Editores, Lda.
ISBN: 978-972-47-4105-5
Preço 17,19 €
Ciências da Natureza
Título: Viva a Terra!5 - Ciências da Natureza
Autores: Emídio Isaías
Lucinda Motta
Maria Dos Anjos Viana
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-20681-7
Preço 17,19 €
Educação Física
Título: Jogo Limpo 5º/6º
Autores: José David D.Costa
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-20946-7
Preço 16,03 €
Educação Musical
Título: Novo Magia da Música - 5/6
Autores: Maria Helena Cabral
Maria Luísa Monteiro De Andrade
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-20811-8
Preço 16,52 €
Educação Visual e Tecnológica
Título: Gesto - Imagem 5º/6º
Autores: Armando Faleiro
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-20766-1
Preço 16,52 €
História e Geografia de Portugal
Título: Saber em Ação 5 - História e Geografia de Portugal
Autores: Ana Isabel Gonçalves
Eliseu Alves
Manuela Mendes
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-20461-5
Preço 16,94 €
Língua Estrangeira - Inglês
Título: Tween 5 - Inglês - 5.º Ano - Nível 1
Autores: Margarida Coelho
Maria Emília Gonçalves
Editora: Areal Editores, SA
ISBN: 978-989-647-121-7
Preço 16,75 €
Língua Portuguesa
Título: Pretextos 5 - Língua Portuguesa
Autores: Abel Mota
Editora: Areal Editores, SA
ISBN: 978-989-647-274-0
Preço 16,86 €
Matemática
Título: MATemática 5º ano
Autores: Maria Margarida Baldaque
Editora: Texto Editores, Lda.
ISBN: 978-972-47-4105-5
Preço 17,19 €
Sejam felizes!
"O eu quero principalmente é que vivam felizes".
Não lhes disse talvez estas palavras, mas foi isto o que quis dizer. No sumário, pus assim: "Conversa amena com os rapazes". E pedi, mais que tudo, uma coisa que eu costumo pedir aos meus alunos: lealdade. Lealdade para comigo, e lealdade de cada um para cada outro. Lealdade que não se limita a não enganar o professor ou o companheiro: lealdade activa, que nos leva, por exemplo, a contar abertamente os nossos pontos fracos ou a rir só quando temos vontade (e então rir mesmo, porque não é lealdade deixar então de rir) ou a não ajudar falsamente o companheiro.
"Não sou, junto de vós, mais do que um camarada um bocadinho mais velho. Sei coisas que vocês não sabem, do mesmo modo que vocês sabem coisas que eu não sei ou já esqueci. Estou aqui para ensinar umas e aprender outras. Ensinar, não: falar delas. Aqui e no pátio e na rua e no vapor e no comboio e no jardim e onde quer que nos encontremos."
Não acabei sem lhes fazer notar que "a aula é nossa". Que a todos cabe o direito de falar, desde que fale um de cada vez e não corte a palavra ao que está com ela.
Sebastião da Gama, Diário
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